UM POETA TRISTE

Incêndio Rio da Barra

Ser um poeta triste é quando o desejo se esvairá dos pensamentos

Assim diz o poeta;

Ah como eu tenho sofrido, como eu tenho chorado

Tenho perdido a alegria em ver o céu em noites de lua

Tenho esquecido a beleza do horizonte

Tenho meditado como será um herói no outro lado no seu interior

Do outro lado dos mistérios, ou com tudo isso fora da mente

Ah como eu queria uma manhã de felicidade

Uma tarde de descontração e descanso

Uma noite de desejos, mesmo que fosse solitária, mas real

É a vida levando os sonhos estrada a fora, talvez sem destino

É a esperança se desfazendo dia a dia como um tsunami no íntimo da memória

Como um turbilhão desgovernado, rumo ao porto perdido no meio do nada

Esquecido por alguém que deveria ficar à espera do amor e do perdão

A espera dos desejos de vivenciar juntamente com a família

Nada é capaz de mudar o destino, nada é capaz de exterminar a poesia

Mas entristece o poeta e transporta para a planície de uma vereda próxima

Ao abismo andando a passos lentos, pernas tremulas e palavras presas.

Sobre sombras ofuscantes, com o sentimento de não haver mais desejos

De não haver mais o que comemorar, nem mesmo em sonhos.

Isael Costa

Autor brasileiro, nascido na Bahia, apaixonado por cultura em diversos segmentos, iniciou seu trabalho literário em Portugal. Membro de várias entidades culturais renomadas no Brasil e no exterior. Faz parte na história da literatura brasileira e lusitana, agraciado por figurar entre os duzentos melhores poetas de países que falam a lingua portuguesa. Um autor independente com serviços prestados a cultura brasileira nos segmentos: Poesia, Infantil, Infanto-Juvenil, Cinema, Música e Teatro.