
Ser um poeta triste é quando o desejo se esvairá dos pensamentos
Assim diz o poeta;
Ah como eu tenho sofrido, como eu tenho chorado
Tenho perdido a alegria em ver o céu em noites de lua
Tenho esquecido a beleza do horizonte
Tenho meditado como será um herói no outro lado no seu interior
Do outro lado dos mistérios, ou com tudo isso fora da mente
Ah como eu queria uma manhã de felicidade
Uma tarde de descontração e descanso
Uma noite de desejos, mesmo que fosse solitária, mas real
É a vida levando os sonhos estrada a fora, talvez sem destino
É a esperança se desfazendo dia a dia como um tsunami no íntimo da memória
Como um turbilhão desgovernado, rumo ao porto perdido no meio do nada
Esquecido por alguém que deveria ficar à espera do amor e do perdão
A espera dos desejos de vivenciar juntamente com a família
Nada é capaz de mudar o destino, nada é capaz de exterminar a poesia
Mas entristece o poeta e transporta para a planície de uma vereda próxima
Ao abismo andando a passos lentos, pernas tremulas e palavras presas.
Sobre sombras ofuscantes, com o sentimento de não haver mais desejos
De não haver mais o que comemorar, nem mesmo em sonhos.